terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diabo é isso?

Diabo é isso que acontece em nossas vidas, que não controlamos, que sai enfurecidamente pelo traço transmutal de nossos planos? Diabo é isso que penso hoje e amanhã não mais? Diabo é isso que tento acertar em cheio a bola da minha vez e pego na beirada de outra bola que nunca pensei um dia ser minha? Diabo é isso que acordo dando beijinhos e fazendo juras de amor ao meu companheiro e depois do almoço nos desentendemos de maneira irreversível? Diabo é isso que uso como meta e me mete numa emboscada? Diabo é isso que desentendo tanto as irregularidades dos acontecimentos que parei de querer planejar? Diabo é isso, do plano sai torto, do torto sai algo legal, de legal passa pra ilegal, de ilegal a ausencia explode? Diabo é isso que acontece comigo, ou melhor, que eu quero que aconteça e do nada desacontece? Nam, deixei disso.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A lembrança se esvai feito fumaça no ar

Ontem, voltando de dois dias e meio do maciço de Baturité, às margens do Parque das Cachoeiras de Guaramiranga, me deparei com a paisagem de todos os dias: o caminho para o trabalho. Foi um choque. Antes de chegar nesse trecho passamos pela descida sinuosa de Pacoti que desmancha em Palmácia e se encontra com a estrada verde-amarelo-vermelho de Maranguape. Maranguape me deixa vontade de morar, de andar de bicicleta, de ter prazer em olhar para cima e enxergar sua serra com nuvens anunciando um possivel respingo d'água. Não sei se é vontade de parar ou se vontade de ficar. Maranguape me parece leve, suspensa no tempo, um canto na estrada. Depois dela, a cidade se aproxima. O caminho de todos os dias me apavora.