quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A lembrança se esvai feito fumaça no ar

Ontem, voltando de dois dias e meio do maciço de Baturité, às margens do Parque das Cachoeiras de Guaramiranga, me deparei com a paisagem de todos os dias: o caminho para o trabalho. Foi um choque. Antes de chegar nesse trecho passamos pela descida sinuosa de Pacoti que desmancha em Palmácia e se encontra com a estrada verde-amarelo-vermelho de Maranguape. Maranguape me deixa vontade de morar, de andar de bicicleta, de ter prazer em olhar para cima e enxergar sua serra com nuvens anunciando um possivel respingo d'água. Não sei se é vontade de parar ou se vontade de ficar. Maranguape me parece leve, suspensa no tempo, um canto na estrada. Depois dela, a cidade se aproxima. O caminho de todos os dias me apavora.

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